Na maioria das vezes não.
A idéia da educação inclusiva é boa, mas na realidade não funciona. Enfiaram essas crianças com vários tipos de deficiência nas escolas públicas, mas não estruturaram as escolas para isso. Não foram construídas salas especiais, os materiais enviados para os professores desenvolverem as atividades são de péssima qualidade (isso quando chegam às escolas)
Se o professor quiser se capacitar para atender essa demanda ele tem que pagar os cursos do próprio bolso. Como a maioria não tem essa disponibilidade, faltam profissionais na área. O resultado é que a experiência que deveria ser boa para ambos os lados acaba se tornando um martírio para todos os envolvidos, principalmente para os que deveriam ser os maiores beneficiados. O que vemos são crianças com deficiência mental estudando em salas com mais de 30 alunos, que na maioria das vezes ficam praticando Bullying com eles. Os professores não tem formação adequada para lhe darem com essas situações e tentam resolve-las da forma que acham melhor, porem, nem sempre é a forma correta, e involuntariamente acabam prejudicando ainda mais o processo de ensino aprendizagem.
Se for para aprender a conviver com as diferenças vamos fazer o seguinte: Aprovem a lei do Cristovão Buarque que obriga a políticos eleitos e terem seus filhos estudando em escolas públicas. Duvido que façam isso.
A maioria das pessoas que criam esse tipo de lei, nunca pisou em uma sala de aula de escola pública. E os poucos que atuaram na área, o fizeram a 15, 20, 30 anos, e não tem idéia da realidade que é encontrada em uma sala de aula hoje. Portanto essas políticas públicas voltadas para a educação são na maioria das vezes impraticáveis.
O que fazem é pegar uma única escola modelo, que recebe um grande investimento e desenvolve o projeto de forma brilhante, que então é filmada e feita uma propaganda maravilhosa para passar no intervalo da novela da Globo. Todo mundo vê e acha linda.
Porque não filmam um aluno com deficiência se masturbando em uma sala de sétimo ano do ensino fundamental, com alunas de 12 anos de idade vendo tudo, enquanto o professor não sabe o que fazer, pois se tentar segura-lo ele pode se debater e se machucar, e o professor será responsabilizado e punido por ter agredido um aluno com deficiência. E podem acreditar que isso é uma cena bem comum.
Enquanto continuarmos aceitando essas leis sem fundamento e a falta de investimentos na educação, continuaremos na inércia, como um bando de animais usados apenas para massa de manobras dos corruptos inconseqüentes que infelizmente comandam o Brasil.
O dia do professor!
ResponderExcluirO professo entra na sala e repara que já não sab eo que vai ensinar, justamente pq os alunos já nem sabem se querem aprender. A inclusão colcou o André* sentado do lado da Aninha* que não gosta da forma como João* olha para Carol*, esse ciclo se repete não por que tem que acontecr e é normal dentro de uma escola, sendo pela idade ou pelo contexto social. Acontece por que o João* sofre com DDA, a Carol* com HDDA, a Aninha é surda, e o André é o espertinho que implica com o pessoal que senta na frente e claro, ao seu lado. A Aninha tenta perguntar 'a professora se ela quer seu presente agora ou mais tarde, e a professora se desepera por que não entende exatamente nada do que ela diz, ou gestícula, então, João* se presta a ajudar, mas se distrai com a bolinha de papel que André cuspiu na Carol*. Verdade, cuspiu, assim como esses alunos são cuspidos em nossas salas de aula, são cuspidos em nossos professores, e nosso sitema que já está falido a décadas, só despenca um pouco mais, e no final do dia, que era o dia do professor, a Tia* voltou para casa sem seu presente, e sem entender o que ensinou, e se alguém aprendeu, e sonhando em fazer uma pós que custará R$ 450,00 em instituição a distância, uma vez que ela só tem tempo aos sábados depois do meio dia. Mas, mais uma vez ela desiste, e descobre que o valor da pós implicará no seu orçamento um déficit no aluguel. Ah sim, ela tem que se alimentar e dormir em algum lugar, para que de manhã cedo ela volte para os planos do governo de ser mais uma professora que vive a inclusão nas escolas. Enquanto isso, nossos alunos sofrem buling, sofrem medos, desanimam, usam coisas mais interessantes, desafiam a lei da sobrevivência nas ruas, e voltam para casa sem saber quantos anos tem e se o seu próprio nome se escreve com "s" ou "c", e no final disso tudo, ele decidi que começa com "ç".
Durante o jornal, a professora ouve que uma proposta do governo para a melhoria da educação esta sendo votada, mas que para ela nada mais importa, ela acabou de corrigir a atividade da Carol* que não escreveu sentido algum, e da aluna surda que ela nem lembra o nome, por que ela nem o chama em sala de aula, para que chamar? ela não escuta mesmo!
E por ai vai, a educação se incluindo em parâmetros cada vez mais distantes da realidade.
todos os * citados no textos são personagens fictícios, mas que vivem dentro de todas as salas de aula, com coadjuvantes, por que já nem se tem importância de ser principal.
Julieta M. Malacarne. Historiadora fortemente aposentada pelo sistema.
è que estagiários dão aula no lugar de professores já formados aqui em meu estado.
desculpando os erros de digitação, na correria do almoço :)
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