Deveria ser. Mas na prática não é.
Todos os tipos de estudos da área
mostram a mesma coisa. Um abismo separa a escola pública da escola particular. E
o problema não é só a estrutura “material” (melhores condições de estudo e de
trabalho). Temos uma série de fatores que influenciam esses resultados. Os governantes
que deveriam elaborar as políticas públicas para em longo prazo diminuírem esse
problema, estão tentando tampar esse abismo de forma imediatista e ineficaz,
forçando uma maquiagem nos números, pressionando as escolas a não reprovarem os
alunos, digo, não reterem os alunos, afinal não podemos mais usar o termo reprovar, para não afetar o educando de
forma negativa. Exemplo disso é o bônus desempenho que vem sendo pago pelo
estado do Espírito Santo aos professores da rede estadual de ensino.
Quanto melhores os números da
escola, maior o bônus recebido pelos funcionários da mesma, sendo que o bônus do
diretor (a) pode chegar a 200% do salário dele (a).
Esses números incluem entre
outras coisas, o número de alunos retidos e aprovados, numero de alunos
evadidos (que abandonaram a escola)...
Resultado disso é que os
diretores pressionam os professores a não deixarem seus alunos com notas
baixas, mesmo que esses alunos não tenham atingido o desenvolvimento cognitivo
necessário para avançar.
Como conseqüência, temos
educandos chegando aos cursos de nível superior sabendo bem menos do que o
necessário para se formarem no Ensino Médio.
Mas isso não interessa, pois o
que os governantes querem são belos números. Como maior número possível de
brasileiros com Ensino Médio completo, mesmo que eles não tenham o conhecimento
necessário para isso, afinal a grande maioria desses educandos é de origem ‘pobre’
e pobre não precisa de educação, precisa apenas do mínimo necessário para
digitar um número qualquer nas urnas eletrônicas a cada dois anos.