domingo, 6 de maio de 2012

ACESSO A UMA ESCOLA DE QUALIDADE É UM DIREITO DE TODOS.


Deveria ser. Mas na prática não é.
Todos os tipos de estudos da área mostram a mesma coisa. Um abismo separa a escola pública da escola particular. E o problema não é só a estrutura “material” (melhores condições de estudo e de trabalho). Temos uma série de fatores que influenciam esses resultados. Os governantes que deveriam elaborar as políticas públicas para em longo prazo diminuírem esse problema, estão tentando tampar esse abismo de forma imediatista e ineficaz, forçando uma maquiagem nos números, pressionando as escolas a não reprovarem os alunos, digo, não reterem os alunos, afinal não podemos mais usar o termo reprovar, para não afetar o educando de forma negativa. Exemplo disso é o bônus desempenho que vem sendo pago pelo estado do Espírito Santo aos professores da rede estadual de ensino.
Quanto melhores os números da escola, maior o bônus recebido pelos funcionários da mesma, sendo que o bônus do diretor (a) pode chegar a 200% do salário dele (a).
Esses números incluem entre outras coisas, o número de alunos retidos e aprovados, numero de alunos evadidos (que abandonaram a escola)...
Resultado disso é que os diretores pressionam os professores a não deixarem seus alunos com notas baixas, mesmo que esses alunos não tenham atingido o desenvolvimento cognitivo necessário para avançar.
Como conseqüência, temos educandos chegando aos cursos de nível superior sabendo bem menos do que o necessário para se formarem no Ensino Médio.
Mas isso não interessa, pois o que os governantes querem são belos números. Como maior número possível de brasileiros com Ensino Médio completo, mesmo que eles não tenham o conhecimento necessário para isso, afinal a grande maioria desses educandos é de origem ‘pobre’ e pobre não precisa de educação, precisa apenas do mínimo necessário para digitar um número qualquer nas urnas eletrônicas a cada dois anos.